Os índios do século XXI


  No século XVI eram entre um milhão e cinco milhões e em 2005 eram apenas 358 mil. esse é o numero da população indígena no brasil, hoje eles representam apenas 0,2% da população brasileira. O Mato Grosso do Sul é o segundo estado brasileiro em população indígena, totalizando 53.900 pessoas, (segundo o IBGE, 2008) que são de várias etnias Kaiwá, Guarany, Guató, Kadiwéu, Kamba, Kinikinawa, Ofaié, Terena, Xiquitano e outras.

   A população indígena diminuiu muito por conta do homem branco, que destruiu as matas e os colonizou para empregar sua cultura. E Dourados, cidade sul-mato-grossense, é a que tem a maior população indígena do país, que abriga três tribos: Kaiowás, Terenas e Guaranis, contando com uma população estimada 12 mil habitantes, em uma área de aproximadamente de 3500 hectares.
  
Suzeth Martins Freitas, etnia terena,
 da aldeia Jaguapiru foi a escolhida
como Miss Indigena (DECOM)
  O livro “Os direitos dos povos indígenas em Mato Grosso do Sul, Brasil/ Confinamento e tutela no século XXI”, escrito por José Aylwin, traz um informe de 2009 sobre os indígenas, e tem um capitulo sobre a reserva de Dourados, onde conta que a reserva foi criada num “caráter civilizatório” para os índios. Ou seja, eles teriam que fazer o trabalho agrícola produtivo, do qual eles não estavam acostumados.
    Hoje a reserva é dividida em duas aldeias, Jaguapiru e Bororó. A realidade que a população indígena vive é preocupante “os níveis de pobreza, marginalidade, desintegração cultural, violência, e discriminação de seus habitantes são dramáticos”, de acordo com o livro de Aylwin.
   Mas os índios estão lutando por seus direitos. No VII Seminário Indígena, promovido pelo Centro Universitário da Grande Dourados – Unigran, foi analisado um Diagnóstico Situacional das Aldeias de Dourados/MS: caracterização e demandas. Com a ajuda de professores da Unigran eles também conseguiram convalidar uma coletânea de textos traduzidos para o idioma dos guarani e dos terena. De acordo com informações do departamento de comunicação da instituição foi de grande valia, pois como é uma língua falada ela vai se perdendo com o tempo e quando documentada ela renasce.
   Nesse seminário também houve a desmistificação da beleza padrão europeia, e foi eleita a Miss Indígena 2011. Eles mostraram sua cultura e tradições em danças e trajes típicos.
   Os indígenas do século XXI querem ir para a universidade e trabalhar, mas com a dificuldade de entrar no ensino superior o governo implantou o sistema de cotas indígenas, que proporcionam aos índios mais chances de fazer um curso superior.

EDUARDA ROSA

Você conhece a história do cinema?

Por Marcela Pagani e Osvaldo Duarte
Surgimento do Cinema

O cinema surgiu no século XVIII, através de uma combinação de lanterna mágica com imagens fixas de filmes sem movimento. A técnica foi desenvolvida no cenário da fotografia.

        Em 1985, os irmãos franceses Loius e Auguste Luimière fizeram e projetaram os primeiros filmes, porém, a partir de 1908, com o trabalho do norte-americano David Griffth, o cinema passou a ser reconhecido como arte cinematográfica madura e independente, denominada “Sétima Arte”.
Até 1927 os filmes eram mudos. O primeiro filme sonoro foi realizado nos Estados Unidos por Alan Crosland.
Durante a 1ª Guerra Mundial o cinema europeu entrou em crise e as produções se concentraram em Hollywood, na Califórnia. Lá surgiram os  primeiros grandes estúdios como a Keystone Company, fundado em 1912 por Mack Sennett (produtor que descobriu Charles Chaplin e Buster Keaton), seguida pela Famous Players (futura Paramount) e pela Fox Films Corporation. Assim, a indústria cinematográfica americana se consolida na década de 20, nos gêneros western, policial, musical e, principalmente, a comédia. A partir daí também dá-se início a um processo denominado “star system” que consistia na “fabricação” de estrelas, tornando atores em ídolos e valorizando as produções. Como por exemplo podemos citar Mary Pickford, que ficou conhecida como "noivinha da América".

 O Cinema no Brasil

Em relação ao cinema, o Brasil não se atrasou. Poucos meses após a primeira sessão cinematográfica dos irmãos Lumiére em Paris, chegou ao Rio de Janeiro, esta  projeção. Em 1896 foi exibida a primeira projeção pública cinematográfica que reproduzia imagens através de uma série de fotografias. O sucesso do evento foi tão grande que em 1897 foi inaugurada a primeira sala de exibição.
Já em junho de 1898, foram feitas as primeiras imagens no Brasil, por um imigrante italiano chamado Afonso Segreto, vindo da Europa com sua câmera Lumiére. As imagens focalizavam a baía de Guanabara e algumas embarcações. Assim nasceu o cinema brasileiro.
As primeiras produções se deram em acontecimentos cívicos com personagens no poder, como por exemplo, com o então presidente Prudente de Morais. Outras produções como cerimoniais, festas públicas e acontecimentos importantes foram filmados no país, com grande prestígio até 1903.
Além dos irmãos Segreto, outros nomes merecem destaque na história do cinema brasileiro, como os irmãos Labanca e Francisco Serrador além dos primeiros operadores profissionais Julio Ferrez, os irmãos Botelho e Paulo Beneditti. A febre cinematográfica contaminou o Brasil e se espalhou de norte a sul, mas Rio de Janeiro e São Paulo continuaram sendo os centros mais eficientes de produção.
Com a chegada do filme sonoro, foram criados estúdios e produtoras no país. Data de 1930 a instalação do primeiro estudio brasileiro, da companhia Cinédia, no Rio de Janeiro, que se dedica a dramas populares e comédias musicais, vindo a lançar nomes como Oscarito e Grande Otelo. Em São Paulo, no ano de 1949, é lançada a companhia Vera Cruz, que buscava produções mais elaboradas e teve entre seus destaques o ator Amácio Mazzaropi. Apesar de grandes filmes o cinema brasileiro demorou para deslanchar de vez, sofreu muitas quedas nas produções e crises.
No inicio dos anos 90 sofreu uma crise interna, mas conseguiu se reerguer com novas bases e parceiros. Festejou seu centenário de forma positiva e com grandes sucessos de bilheteria.
            O cinema brasileiro conquistou um novo reconhecimento internacional, com o filme Central do Brasil, ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim de 1998 e com indicação ao Oscar em 1999. O novo século surgiu com novas produções com orçamentos elevados, em geral, adaptações de obras literárias ou com base em acontecimentos históricos marcantes, estrelados por grandes figuras da televisão e com obras voltadas para o mercado estrangeiro.

“2003 ficará conhecido como ‘ o maior ano da história do cinema brasileiro’, divulgou a imprensa, como resultado do crescimento de 220%, correspondeu ao aumento de 8% para quase 25% na taxa de ocupação do mercado. A semana de 23 de outubro, considerada histórica, revelou uma venda de quase 70% de ingressos verde-amarelos. Esses números, contudo, são puxados por produções de orçamento alto, associadas a grandes conglomerados de comunicação.” (AZULAY,  2005, p.31)
Dentre os principais diretores brasileiros estão Nelson Pereira dos Santos, Carlos Diegues, Ruy Guerra, Hector Babenco e Bruno Barreto.

 O cinema no Mato Grosso/Mato Grosso do Sul

O cinema no Mato Grosso do Sul chegou antes da divisão do Estado. Em 1903, na cidade portuária de Corumbá aconteceu a primeira exibição. Cinco anos após, outra exibição aconteceu em Cuiabá.
No ano de 1908 foi realizado o primeiro registro no Estado, o filme “Colônias Silvícolas em Mato Grosso”.
Já em 1910, dez salas de cinema funcionavam no Estado, com uma programação muito diversificada, sem a supremacia do cinema americano, que seria registrado nas décadas seguintes.
Em 1924, Remígio Barroso e Giuseppe Bonamico se inscreviam no restrito âmbito da realização cinematográfica. Até a chegada do sueco Arne Sucksdorff , cerca de 250 filmes foram realizados, na sua maioria documentários, porém com alguns registros no território da ficção.
Em CampoGrande, a primeira sessão de cinema foi na virada do século, em baixo das laranjeiras do único hotel da cidade. Um viajante levava a novidade pelo interior do país improvisando com um lençol esticado (que quando molhado permitia melhor qualidade da imagem) que servia de tela. Os curtas acelerados extasiavam as platéias. O auto-cine em Campo Grande, por períodos intermitentes, foi a grande sensação da juventude.
No início, o cinema, mais do que as outras formas de expressão artística, teve uma dependência direta com as vias de comunicação do Estado. A via fluvial delimitou a presença da cinematografia mundial na cidade de Cuiabá. Após o advento da Ferrovia Noroeste do Brasil, cujo traçado foi alterado e a capital do Estado (MT) foi excluída de seu trajeto, mergulhando Cuiabá num profundo marasmo.
Com essas transformações, na década de 30, o Estado contava com apenas uma sala de exibição que por alguns anos ficou fora de funcionamento. Por volta da década de 40 e 60 possuía apenas quatro salas e na década de 80 não possuía nenhuma. Este fluxo oscilante de salas impossibilitou que a população tivesse um repertório cinematográfico incorporado a sua cultura, em relação a filmes estrangeiros e nacionais.

O cinema em Dourados

Em Dourados, as principais exibições aconteceram na década de 50, no Cine Santa Rita, que funcionava na Av. Marcelino Pires, esquina com a Av. Presidente Vargas, onde hoje funciona o banco HSBC. Naquela época, havia uma resistência muito grande por parte das famílias em relação ao cinema, que viam as salas escuras como um lugar impuro.
No ano de 1960 chegou a família Bastos Rosa, inaugurando em nossa cidade a empresa “Irmãos Rosa”. O pioneiro Emídio Rosa tomou frente e colocou em funcionamento o Cine Ouro Verde, instalado também na Av. Marcelino Pires. Com a grande aceitação popular, a empresa notou a necessidade de expansão e inaugurou em 1972 o Cine Ouro Branco, que se situava na Av. Presidente Vargas. Foram abertas salas na cidade de Fátima do Sul, Glória de Dourados, Deodápolis e Rio Brilhante. Outras salas surgiram na região entre 1990 e 2000. Porém com as novas tecnologias (vídeocassete e dvd), o cinema entrou em decadência e a grande maioria das salas foi fechada.
Atualmente Dourados conta com apenas um cinema, localizado no Shoping Avenida Center que possui três salas de exibição, sendo uma delas com tecnologia 3D.
A primeira produção cinematográfica realizada em Dourados, apesar de não ter sido registrada, aconteceu em 1977. Um documentário com duração de 1h20min, intitulado Terra de Índio do jornalista douradense Junio Cheze. O filme mostrava o cotidiano dos índios em Dourados, as dificuldades e as discriminações sofridas por eles. Junio declarou que o documentário teve caráter exclusivamente jornalístico e que conseguiu atrair atenção da opinião pública. O documentário foi exibido nas escolas públicas e no Cine Clube Uirá, que reunia cinéfilos que discutiam o mesmo após a exibição.
O documentário foi produzido nas reservas Bororó e Jaguapiru. Junio fazia as locações no período de férias da universidade em que estudava - Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). O material produzido era enviado para o laboratório da universidade para ser finalizado.
As dificuldades para se fazer o filme eram enormes, a linguagem indígena, matéria prima de alto custo (celulóide), concorrência com o cinema comercial e a falta de apoio e patrocínio foram decisivos nesta produção totalmente independente. O jornalista contou com auxílio do também douradense Israel Lopes nas locações e do técnico de laboratório Lisleu Piovezan, da UNISINOS. Mercedes Sosa compunha a trilha sonora. Produção, direção autoria e script foram do próprio jornalista. “Para fazer cinema basta ter uma câmera na mão e uma idéia na cabeça” (Glauber Rocha).
Filho dos pioneiros de Dourados, Alicio Araújo e Ondina de Barros Araújo, Junio Cheze é formado em jornalismo desde 1986 pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos que fica em São Leopoldo - RS. Atualmente reside no bairro Izidro Pedrozo e trabalha no Jornal Diário MS.  Sobre a relação cinema e jornalismo Junio diz: “O Jornalista deve ter know-how para fazer críticas sobre cinema”.
Ainda em Dourados destacamos o cineasta Joel Pizinni, reconhecido internacionalmente por suas diversas produções.
A filmagem mais recente em Dourados foi Terra Vermelha (2008), por Amadeo Pagani, Marco Bechis, Fabiano Gullane, produzido pela Classic SRL, Gullane Filmes, World Sales, que mostra o suicídio de duas jovens das etnias Guarani-Kaiowá e desperta a comunidade para a necessidade de resgatar suas próprias origens, perdidas pela interferência do homem branco. Após percorrer as telas do país, o longa ultrapassou fronteiras e concorreu a vários prêmios internacionais. 

Nossa grande Itaporã

Entrada de Itaporã
   Território habitado primitivamente pelos índios Terenos supõe-se que foi penetrado pelo homem branco no século XVIII. Quando os Bandeirantes.   Ganhando as águas  do Rio Brilhante. Subiam rumo as minas de Cuiabá.
   O Território voltou a ser novamente devastado em meados do século XIX  por ocasião da Guerra do Paraguai.  E mais tarde, com advento da industria ervateira, por Thomaz Laranjeira auxiliado pelos Guaranis que chegaram a provocar determinadas áreas de exploração.
   A idéia de colonização da área que hoje constitui o Município de Dourados. Foi inspirada ainda na 3ª década deste século quando o então Presidente do Estado, Pedro Celestino Corrêa da Costa resolveu pelo Decreto Estadual nº 30 de 20 de Dezembro de 1953, desmembramento do Município de Ponta Porá. Essa área reservada para  colonização. Por volta de 1946 o então prefeito João Augusto Capilé Junior resolveu explorar as terras reservadas e que já estavam no firme proposto de levar avante a colonização.
   Em uma de suas explorações o Prefeito Capilé encontrou uma pequena área com baixa vegetação que logo escolheu para sede da futura colônia que recebeu o nome de Colônia Agrícola Municipal de Dourados.  Terminando o mandato de Capilé Junior, assumiu a Prefeitura de Dourados o SR. Antonio de Carvalho, que continuou a obra de seu antecessor.   Na sua administração foram legalizados todos os lotes até então distribuídos e foi intensificada a colonização.
   No ano de 1944 chegaram 7 famílias a região onde hoje é o Município de Itaporã, instalando-se próximo ao Córrego Canhadão.
·        1º Sr. Rogério Moura e Srª Izabel Moura
·        2º Sr. Inácio Félix e Srª Joaquina Moura
·        3º Sr. Miguel Moura e Srª Maria Carolina Gimenez Moura
·        4º Sr. Antonio Camilo Diniz e Srª Maria Lucinda Diniz
·        5º Sr. Januário Rodrigues e Srª Odília
·        6º Sr. Benedito Pereira e Srª Maria Camilo
·        7º Sr. Joaquim Rodrigues e Srª Brolínia Camilo
O monumento do Peixe
   Chegando aqui, cada um foi marcando seu lote fazendo uma picada segundo Dona Izabel Moura ao chegar encontraram uma aldeia de índios e dois moradores na região, mas não soube informar quem eram eles.
   Após a demarcação dos lotes os homens seguiram à pé até a cidade de Dourados (então sede do Município) onde requereram a posse de seus lotes.
   Com a chegada de um maior número de colonos a prefeitura de Dourados nomeou o Sr. Inácio Félix, fiscal e coordenador da distribuição de lotes que mediam uns 300 metros de frente com no máximo 50 hectares de área.
    A dificuldade encontrada pelos colonos começava na falta de estradas para se chegar aos lotes.   Os primeiros moradores chegavam com suas mudanças em caros de bois onde os homens iam na frente abrindo a mata com foices e machados.
    Em 1945 começou a ministrar aulas na colônia a Srª Olímpia Moura (primeira Professora) que atendia os filhos dos vizinhos.
    Tudo na época era construído em sistema de mutirão.   O rancho de festa era coberto de sapé onde realizavam os bailes e por muito tempo serviu de igreja (ficava ao lado de onde é hoje o (Colégio Itaporã).
   O trabalho de evangelização era realizado pelos Freis pertencentes a Paróquia de Dourados. Frei Servácio Schulte, Antonio Setiwenger, Otaviano Hert.   Os primeiros batismos feitos na colônia datam de 13 de Dezembro de 1947, ao contar a quantidade de batismos ocorridos desta data até o final de 1948, que soma 63, pode se afirmar que a população da colônia já alcançava um grande número.
    Os primeiros moradores a residirem onde é hoje a sede do município foi o Sr. Joaquim Domingos que construiu a primeira casa de coqueiro e sapé.





Avenida Iluminada


Centro da Cidade



Rosiani Martinelli
    

Praça Antônio João, de Dourados, ganha concha acústica

   A concha acústica, da Praça Antônio João, já esta com a estrutura montada e a lona esticada para receber eventos culturais, cívicos e religiosos.
   A praça se deu forma em 1950, e depois de muitas reformas hoje se encontra na terceira etapa de mais um projeto de revitalização. Saiba mais em: http://identidade85.blogspot.com/2008/03/praa-antonio-joo-um-exemplo-da-memria.html





A praça também é local de encontro e descanso

Diversão para as crianças

Eduarda Rosa

Historia do Jornal impresso em Dourados

   O primeiro jornal que circulou em Dourados, foi em 1926, chamava-se “JANDAIA”, seu responsável era Arnulfo Fioravant. Era impresso em Campo Grande, porem teve vida curtíssima porque logo nas primeiras edições um leitor não gostou de um artigo, e fez um escândalo.
    O segundo jornal foi “O DOURADENSE”, em maio de 1948, sob a direção de Armando Carmelo. Era também impresso em Campo Grande, mas não tinha muita regularidade, sua ultima edição circulou em 1950.

O PROGRESSO
Em 21 de abril de 1951, os douradenses ganham o primeiro jornal impresso em Dourados, “O PROGRESSO”, sob a direção de Weimar Torres. A instalação da tipografia, pertencente à Naurestides Brandão, se deu graças a um auxilio da prefeitura de CR$ 8.000,00.
Despertando no povo o inicio de um novo tempo de mudanças. Que em sua primeira edição traz a manchete que em breve teria energia elétrica e uma emissora de radio.

“Até o surgimento de O PROGRESSO o povo da época praticamente desconhecia a boa perspectiva de transformações. Muitos também não tinham conhecimento da potencialidade que Dourados poderia representar no futuro, pois até então não haviam publicações desta visão da capacidade de crescimento da cidade, por falta de um veiculo de comunicação.
Na linguagem da época, dentro das previsões lógicas O PROGRESSO tira Dourados da condição de uma tímida e pouco explorada cidade, elevando-a para um dos principais municípios do então Estado de Mato Grosso. ‘De uma terra inexpressiva e esquecida, passa Dourados a ser uma das regiões mais famosas da Pátria. Gente de toda parte se instala no município para explorar suas magníficas matas. Mais de 400 pessoas chegadas depois do recenseamento, grande vendas de terra, cinema, luz elétrica, linha de aviões diários, loteamento em massa, mais e mais casas de comercio, valorização acelerada dos imóveis, cafezais, produção imensa de algodão e cereais, instalação de grandes serrarias: um instantâneo poliformico de uma realidade, havia aqui, há alguns anos, poucos moradores dedicados exclusivamente a criação de gado e a exploração da erva mate nativa. As grandes matas de perobais e outras madeiras de lei eram desprezadas e inúteis.’, diz trecho do texto” (CORDEIRO, 2005, p.02)

Weimar vitima de um acidente aéreo, morre em 14 de setembro de 1969, deixando viúva Adiles do Amaral Torres, que hoje é diretora de O Progresso.

   Em 1953, circulou em Dourados o semanário esportivo e noticioso, “A CIDADE”, que desapareceu pouco tempo depois, era impresso na cidade, na tipografia de Demosthenes Palieraqui.
   Em 1955, circulou o “JORNAL DE DOURADOS”, sob a direção de D’ Almeida e João Augusto Capilé Junior. Era impresso em Campo Grande, pertencente a uma cadeia que se organizava no estado, porem não atingiu a terceira edição.
   Entre 1955 e 1956, “A VOZ DO SUL”, órgão da União Democrática Nacional foi distribuído em Dourados.
     Em 1955, “A LUTA”, dirigido pelo deputado Wison Dias de Pinho, apareceu durante a campanha eleitoral para o governo do estado.
     Em janeiro de 1958, surgiu o “JORNAL DE DOURADOS”, sob a administração de Antonio Tonanni e José Floriano de Freitas. Impresso com regularidade, na gráfica N. S. Aparecida.
       Em 1960, Dourados tinha dois pequenos órgãos “A VOZ DA JUVENTUDE”, órgãos dos alunos do Ginásio Estadual Presidente Vargas e o Boletim do Lion’s Clube.
    O Jornal “O ROLO”, foi criado em novembro de 1959, tentando inovar a imprensa com os jornais enrolados imitando os papiros antigos.
     A “GAZETA DO SUL” teve seu primeiro numero em vinte de dezembro de 1965.
      Entre as décadas de 1970 até o final da de 1980, existiram vários jornais em Dourados, porem não se sabe ao certo quando pararam de circular, entre eles: “TRIBUNA DO POVO” criado em 1970; o “JORNAL DA PRAÇA” de 1978 e “O PANORAMA” em 19 de agosto de 1979.
      Em 1978, o jornal “CORREIO DO ESTADO”, instala sua sucursal em Dourados, pois já tinha desde 1976, seu correspondente na cidade, Cícero Faria. É distribuído até hoje.

    DIÁRIO MS
    O jornal Diário MS, teve sua primeira edição circulada em 15 de setembro de 1993, com o nome de Diário do Povo. Mas antes disso teve três semanários, Panfleto, Jornal do Vale e Zangão.
    Em 13 de dezembro de 2000, por causa de uma “marca” homônima em Campinas (SP), é veiculado pela primeira vez ao publico o “Diário MS”, nome criado pelo diretor Vitoriano Carbonera, assim dando a dimensão abrangente de grande parte do estado, 80%.
     Em 20 de dezembro de 2000, foram inauguradas as instalações e seu parque gráfico, em novo endereço. E em 2008, o jornal passa a produzir sobre nova direção, Sandro Ricardo Barbara e Alfredo Barbara Neto.
      Há um jornal criado em 2006 pelos indígenas, AJINDO; o da UFGD(Universidade Federal da Grande Dourados), 2005, e outros veiculados a públicos específicos.
Em Dourados ainda circulam, o semanário “GAZETA POPULAR”, sem periodicidade, e em agosto de 2005, voltou a circular o “FOLHA DE DOURADOS”.

 Eduarda Rosa e Filipe Prado


Referências Bibliográficas

MOREIRA, Basílico. História do Jornalismo em Dourados. In: MOREIRA, Regina Heloiza Targa. Memória Fotográfica de Dourados. Campo Grande: UFMS, 1990.     p. 116.

MOREIRA, Regina Heloiza Targa. Memória Fotográfica de Dourados. Campo Grande: UFMS, 1990. p. 117 – 119.

CORDEIRO, César. 1951: Jornal anunciou em cobrou progresso. O PROGRESSO, Dourados, 21/04. 2005. Caderno Especial de Aniversário. p. 02.

XAVIER, Cláudio. O início de tudo. DIÁRIO MS, Dourados, 15/09. 2005. Caderno Especial de 15 de setembro de 2005. p. 01.

 BARBARA NETO, Alfredo. O Progresso defende união. DIÁRIO MS, Dourados, 15/09. 2005. Caderno Especial de 15 de setembro de 2005. p.03.

Acervo do museu histórico de Dourados

Museu Histórico de Dourados

Dourados tem museu? Tem sim. Será que você não fica curioso em passar pelas praças e ruas de Dourados e ver estátuas, bustos e não saber quem eram essas pessoas, e porque elas estão ali?
Pois é, e nossa cidade tem um lugar onde podemos saber de todas essas histórias. É o Museu Histórico de Dourados.
Por incrível que pareça o museu de Dourados foi criado em 19 de dezembro de 1977, incentivado por uma gincana que mobilizou a cidade. Porém ao longo de sua vida teve um período de abandono, onde ficou sem estrutura, deixando os douradenses sem esse importante ponto de referência, porém hoje esta em pleno funcionamento!
Muita gente diz que museu só guarda velharia, mas não é verdade, o museu esta recheado de histórias muito interessantes. Nele contêm fotos de diversos acontecimentos importantes do município, além da vida cotidiana das pessoas.
Contêm uma ampla sala com objetos de imagem e som, como: toca disco, televisão dos anos 50, vitrolas, gramofones, aparelho de rádio amador, câmeras fotográficas de diversas épocas e até um projetor de filmes dos anos 50.
Um acervo de objetos indígenas, caça e montaria, objetos utilitários, além de máquinas de costura e roupas antigas.
Na sala de “Documentação, objetos de trabalho e escritório” existem máquinas de escrever, computadores dos anos 80, caixas registradoras, máquinas de calcular, cédulas, moedas e documentos antigos.
Também existem outras salas em exposição com objetos de marcenaria, a “Sala dos prefeitos”, e um acervo dentário e médico.
Ou seja, museu é curiosidade, informação, aprendizagem. Ir ao museu não é perder tempo, mas sim ganhar muito conhecimento e se divertir. Além disso, o museu disponibiliza aos pesquisadores livros sobre a história de Dourados, documentos antigos, jornais e revistas.
Visite o museu, pois ele é seu!
Endereço: Rua João Rosa Góes, 395, Centro. Antigo prédio da prefeitura.
Horário de funcionamento: 2ª feira - 12hs às 17hs; 3ª a 6ª feira – 7h30 as 17hs e aos Sábados – 7h30 as 12h.

Eduarda Fernandes da Rosa


Inauguração da Linha de Transmissão de Energia Elétrica
proveniente de Urubupungá - 16 de maio de 1970

Máquina datilográfica 


Utensílios domésticos
Rodas de madeira de carroça




Rádio Amador
Rádio Amador








Notebook Casio Darwin
Final do século XX






Tenente Antonio João Ribeiro
Comandante da Colônia Militar de Dourados.
Faleceu em 29/12/1864, durante a Guerra da Tríplice Aliança
(Brasil, Argentina, Uruguai), contra o Paraguai.




Projetor de Filme (35mm)
Pertenceuao Cine Ouro Verde, localizava-se na Av. Marcelino Pires. 

Sala dos prefeitos


Fotos: Eduarda Rosa

Poeta Local

A arte das palavras

Por Eduarda Rosa e Marcela Alves

É com as palavras que o cronista, José Pereira Lins, tem vivido a mais de 89 anos, ao lado de sua esposa, Dona Isabel, em uma casa simples eaconchegante na área central de Dourados.As palavras dos mais de 10 mil livros de sua biblioteca particular trazem a ele o amor, a sabedoria, aventura, consolo. Levado por elas como quem é arrastadopela correnteza de um rio, foi levado ao mar do ensino, e lecionou por 48 anos. Com dez livros de autoria própria ele diz que “a literatura é antes de tudo uma arte que vive do momento embora possa ultrapassar séculos. A literatura é a arte que se expressa através da palavra. Para ser literatura a escrita tem que ter certa graça, certo suspense, também representar os anseios da sociedade”.
Mesmo no sossego de sua casa, Lins demonstra o seu jeito clássico de ser, vestindo camisa listrada, calça social e um belo suéter cinza nos braços. O despojamento fica por conta da confortável sandália de dedos nos pés, afinal estamos em casa. Sentado em sua poltrona de estofamento verde, que combina com a cor das cortinas, José conta com orgulho como foi sua trajetória de vida.
José Pereira Lins nasceu em São José do Ipiranga na Paraíba, no dia 05 de fevereiro de 1921, e teve uma infância comum, de menino nordestino pobre. Um pouco mais crescido veio para o Mato Grosso, e por aqui permaneceu. Criou cinco filhos, quinze netos e oito bisnetos. Nas paredes da saladeestar, os retratos ilustram sua herança familiar e o amor por sua esposa Isabel, a quem ele considera como o maior presente que Deus lhe deu.
Apesar da idade avançada tem uma memória muito boa, memória de quem tem como lazer a leitura, de quemfoi professor desde os tempos de colégio, e educou meio século de profissionais por intermédio de sua própria escola, Osvaldo Cruz, em Dourados. Na lembrança guarda os bons momentos, como o de receber o título honorífico de Cidadão douradense, Doutor Honoris Causa e fazer parte da Academia Douradense de Letras.
Também teve o prazer de conhecer todas as capitais brasileiras, criadas antes da constituição de 1988. Segundo ele “as viagens nos enriquecem espiritual, histórica e emocionalmente, nos faz conhecer gente boa”, e mesmo conhecendo tantos lugares diferentes, considera seu próprio lar, um lugar inesquecível.
A inspiração para escrever suas crônicas literárias é a vida social, é essa vida que “é um dom de Deus, que não nos pertence, nós não nascemos porque queremos nascer, nem morremos porque queremos morrer, é um dom de Deus por isso ninguém em sã consciência quer morrer”.

Assim como no jeito de se vestir, Lins conserva o gosto pelo clássico também na música. Gosta de ópera, música erudita e hinos. Conheceu a esposa em um culto de igreja, onde ela cantava em um coral. Ao longo dos 62 anos de convivência, Isabel sempre o presenteou com clássicos tocados por ela ao piano e órgão, que hoje adornam um dos cômodos da casa.

O andador no meio da sala é o sinal de que o tempo passa e que a qualquer momento um apoio pode ser necessário. Com um passado de lutas, ele agora só quer usufruir dos bens que Deus lhe deu, “a minha vida foi uma vida de ocupação. Não tenho do que me queixar. Uma vida de lutas, trabalho, muitas vitórias, uma vida feliz, que eu não temeria se retornasse a viver de novo”.